segunda-feira, 8 de novembro de 2010

WEB-NOVELA: Caindo para a vida - Capítulo 5


Capitulo cinco: Segredos no jardim


O plano foi bem sucedido, confesso. Tudo deu certo, até chegarmos a festa... Ao menos pra mim, Alba Harvelle, a eterna azarada.
A festa estava cheia de gente. Era uma festa que nenhum pai – por mais irresponsável que fosse – deixaria o filho ir.
Na entrada da festa, alguns garotos estavam totalmente bêbados. Quando entramos, vimos que as garotas não estavam em melhores condições. Pelo contrário, acho que estavam pior. Elas dançavam loucamente, se esfregando uma nas outras. Com cigarros na mão, um garoto atrás e as amigas do lado, elas exibiam seus corpos como prostitutas procurando clientes. Ao lado do banheiro, garotos acendiam o que me pareciam ser becks, e riam feito macacos.
A música alta me deixava tonta. O cheiro de cigarro me deixava enjoada. Definitivamente, eu deveria me lembrar de nunca ir a uma festa adolescente. Acho que não tinha como piorar. Ou tinha.
Tais! – uma garota totalmente bêbada pulou em cima da minha amiga. E logo eu reconheci, era Giovanna.
– AAMIGA – Ela disse como se já estivesse alterada só de olhar para a Giovanna. Eu pensei que as minhas amigas fossem diferentes. Por isso me aproximei delas. Merda, eu sou tão inteligente que nem pra escolher bons amigos eu presto.

Senti meus olhos ficarem cheios d'água. Estava prestes a chorar. Esbarrando na multidão, eu consegui sair daquele lugar horrível. Eu estava em um jardim, era lindo. Mas o que acontecia lá dentro não me deixava pensar na beleza do jardim. Eu sentei na grama e vi que não tinha ninguém por perto.
Vi que as minhas amigas estavam vindo para perto, e logo iriam me achar. Então eu vi que ali perto tinham muitas árvores. Não tinha uma trilha, mas eu sabia de alguma forma que as árvores dariam para algum lugar. E estava certa, eu estava na frente de um lago.
Tinham dois garotos conversando ali. E eu posso dizer que não entendi uma palavra da conversa dos dois, mas um deles era familiar. Só não sabia de onde o conhecia.

–Sua cerimônia vai ser daqui a uma semana e você ainda não tem uma companheira de sangue! – Cerimônia? Companheira de sangue? Eles estão falando de dança?
–Olha, Jareth, nós dois sabemos que eu não preciso de uma companheira de sangue. Eu não preciso de uma companheira de sangue para ser minha governanta. Eu poderia dar esse cargo para qualquer pessoa que eu confiasse,como você! – Agora eu tenho certeza, ele não está falando de dança!
– Tem alguém aqui! – É, me fudi. Eu realmente queria que fossem bailarinos. Eles não costumam ser fortes, hm

Então eu vi dois garotos vindo até a minha direção. Não ia correr, que se foda. Percebi que a voz familiar era do Kevin, o novato. Ele fez um sinal para o amigo dele, que parou de andar.


– Jareth, pode nos deixar a sós, por favor? – Ele disse para o amigo gostoso dele. Sério, Jareth é lindo. Mas assustador, ao mesmo tempo. Ele saiu rápido do lugar, tipo, bem rápido mesmo.

– Por que você veio? Você não podia ter a sua merda de vida monótona e insignificante por mais algum tempo? – Ele me respondeu, de um jeito que poderia dar medo pra qualquer um... Mas eu não sou qualquer uma!
– E por que você acha que manda na minha vida?! Você é muito ridículo, garoto! – Eu respondi. Mas acho que não deveria ter o feito
– Ridículo ou não, agora você tem que vir comigo, você ouviu demais – Ele pegou o meu braço e me puxou. Rapidamente nós estávamos na rua da festa.
– Acho que eu tenho que te explicar sobre o que você ouviu, mas fica quieta, está bem? – Eu fiz que sim com a cabeça, então ele começou:
–Você provavelmente já ouviu falar de vampiros. Vampiros maus que matam mocinhas depois de tirar a virgindade dela, ou de vampiros bonzinhos que brilham e tomam sangue de animais.
Eu estou a caminho de ser um vampiro, mas preciso ser ligado à uma companheira de sangue. Cada vampiro tem dois companheiros de sangue: Um é o que te transformou, e o outro, o que você transformou.
O chefe da convenção local me transformou, e faltam cinco dias para eu me tornar um vampiro. Mas ele morreu! Então eu vou ser o chefe da convenção local. Mas é muito trabalho,então eu vou precisar transformar uma pessoa, ou dar o trabalho de governanta para alguma vampira.

Normalmente, nós só podemos transformar humanos em vampiros quando nós já estamos velhos, mais ou menos com 1000 anos. O meu companheiro de sangue me transformou sem autorização... Bem, eu fui espancado por alguns policiais que acharam que eu estava vendendo drogas... Ele me viu morrendo e me transformou. Mas recentemente, uma caçadora o matou, então eu sou o chefe local. Como eu já disse, é muito trabalho para ser feito sozinho.

– Tá, mas e daí? Isso não tem nada a ver comigo – Eu disse tentando fingir que não estava chocada. Porra, vampiros existem?!
– Você ouviu nossa conversa. Vamos ter que a levar para o chefe da convenção. Bem, amanhã, de madrugada, eu vou estar na sua casa e te explico tudo, está bem?

– Claro, mas você vai ter que vir depois das duas da manhã.
– Tudo bem... Mas agora eu acho que é melhor você levar a Tais para casa. Algo me diz que ela está passando dos limites. – Ele diz e entra no carro que estava atrás dele. Sério, era um Jaguar XKR conversível, mas eu nem notei. Você também não notaria se na frente do carro estivesse alguém muito mais interessante, digamos.



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