segunda-feira, 8 de novembro de 2010

WEB-NOVELA: Caindo para a vida - Capítulo 9

Capítulo 9: A garota estranhamente estranha 


O tempo não demorou muito para passar. Sabe como é, o tempo realmente voa quando estamos nos divertindo. E irritar Kevin era muito mais do que divertido... Era viciante! Eu me sentia viva, como a muito tempo não me sentia. Talvez seja porque eu passei muito tempo ligada a pessoas faltas, gente que só te inveja, ou quer andar com você por algo extremamente superficial. Kevin não era assim, era até um bom amigo.
O carro parou em frente a um cemitério. Ali era a Central da convenção? Tenso, no mínimo.
Andamos por alguns minutos, até pararmos na frente de um túmulo no meio do nada, sem nenhum outro túmulo em volta. Era um túmulo grande, parecia aquelas lápides do The Sims 2. Só que bem maior. Tinha um leão dourado em cima desse túmulo/lápide The Sims 2.
Kevin se abaixa e eu vejo que tem um pequeno alçapão no chão. Ele abre facilmente, e, descemos as escadas. Uma escada dava para um pequeno corredor, descíamos outra e iamos para outro corredor, dessa vez, bem maior.
O chão era branco, igualmente com as paredes. Aquilo te cegava, sério. Acho que isso não era um problema para os vampiros.
Tudo estava extremamente quieto, não se ouvia nenhum barulho. Kevin e eu continuamos andando, até que vimos uma garota com os cabelos negros e muito branca, vindo em nossa direção.
–Kevin, seu filho duma puta, pensei que você não iria vir – ela disse, dando um tapa no braço dele, que gemeu um “Ai”. Ela era minha nova heroína. – Ah, você deve ser a Alba – ela disse me olhando, e me abraçou – Prazer, Ashley Winchester – ela disse sorrindo.
–Ashley, Alba não gosta de contato físico – Kevin disse
–Na verdade, Kevin, ela não gosta é de você – ela piscou – Vlad está esperando vocês na sala, vão! - ela disse empurrando Kevin. Verdadeira diva


Nós descemos outras escadas, que davam para um corredor imenso, desta vez, com o chão de madeira e a parede de uma cor estranha, meia preta, meia marrom. A luz era extremamente fraca, não iluminava quase nada. Além de não ter nenhuma janela, por motivos óbvios.
O corredor era cheio de portas, e, cada uma delas, tinha o nome de uma pessoa. Todas estavam nas laterais do corredor, mas vimos uma que estava no final, de frente. Estava escrito: “Vlad Ţepeş, “ Caralho. Mil vezes caralho. Quando eu tinha doze anos, li um livro sobre ele, e fiquei TOTALMENTE viciada nele. A minha tag no twitter era até “#empalemos” ou “#VladTepesModeOn”. Tomara que ele não seja feio como ele parece ser na wikipédia.
Kevin bateu na porta, e ouvimos uma voz rouca dizendo: “Pode entrar”
FALA, VIADO! – Vlad gritou, se levantando, e dando um abraço, seguido por dois tapas nas costas do Kevin. – Ah, você deve ser a Alba. Prazer – Ele disse, também me abraçando. E eu não diria que foi um abraço comum, já que rolou uma mão-boba. Que doente.
Kevin tossiu, para Vlad parar. Ele nem ligou, mas parou o abraço
Então, nós já decidimos o que vamos fazer com você, Alba – Ele se senta na cadeira de sua mesa. Eu estava muito curiosa, feliz por estar conhecendo Vlad Tepes, mas um tanto quanto decepcionada por ele não ser do jeito que eu esperava. Fiquei brisando nisso, e ele ficou falando, mas, eu nem prestava atenção. Parei de brisar quando Kevin bateu a mão na mesa, e disse:
O QUÊ?! Você vai realmente obrigá-la a fazer isso?! A vida dela não foi suficientemente destruída com toda essa história de vampiros?!
Se acalme, Kevin. Não tem outra saída. Ou ela se transforma, ou ela vai virar caçadora, ou nós a matamos. Se ela escolher a caça, ela vai morrer de qualquer jeito, não acho que ela irá aguentar muito tempo nisso.
Você tem razão – Kevin abaixa a cabeça. Espera, eu vou me transformar? Fudeu, fudeu. Mil vezes fudeu.
Preciso tweetar (?) isso – disse, com a cabeça baixa. Logo, ouvi risos e mais risos. Aquilo não parava, e eu não sabia quem ria daquele jeito.
Olhei para cima, vi a cena mais ridícula de toda a minha vida: Vlad rolando no chão, em posição fetal, e Kevin deitado no chão, igual naqueles desenhos animados em que a pessoa se joga e começa a bater no chão. Tenso
* * *
Estávamos no avião, estava tudo quieto, Kevin não falava comigo desde que saímos daquele “cemitério”, na verdade, ele mal olhava para mim.
Kevin, caralho, por que você não fala comigo?! – Disse, jogando uma bolinha de papel nele. Lá se foi meu décimo quinto desenho de árvores secas...
Estou falando, está feliz agora?! – Disse com um sorriso cínico nos lábios. Filho da puta.
Não, não estou feliz. É sério, Kevin, qual é o teu problema? Você não fala comigo desde que saímos daquela central, ou algo assim.
Ou algo assim.
WTF?!
Você disse “central ou algo assim” , não é a Central, é só um lugar onde resolvemos problemas, Alba – Ele disse, com aquele maldito sorriso, novamente. Sério, daqui a pouco eu iria partir para cima dele e quebrar todos os dentes que ele tinha.
Tá, foda-se. Mas por que você não fala comigo?
Porque eu simplesmente não quero falar com você, fim de discussão.
Eu bufei, e resolvi não tocar mais naquele assunto por algum tempo.


Fim da Primeira Temporada

1 comentários:

Valéria Marques disse...

Gêmea, A-DO-REI tudo, estou louca pra ver o que vem por aí *-*
Bjus, Valééria.

 
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